É a sua primeira visita?

Entenda a Minha História.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Selinho

Recebi um selinho da tia Graça!


É o selinho "desafio". Segundo as regras, tem umas 5500 perguntas para responder. Eu como sou gata e ninguém me obriga a nada, não vou responder! Mas repasso o selinho para todos que me seguem, divirtam-se!

As perguntas, para os curiosos, está aqui.

Beijo de Nariz.

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sábado, 30 de outubro de 2010

A Carona (da frustração).

Oi queridos leitores.

É com muita decepção que hoje venho aqui contar o que tem acontecido nas últimas semanas.
Como vocês sabem, minha mãe estava procurando carona para trazer uma gata abandonada de um sítio em Peruíbe, litoral de SP, para Porto Alegre.

Pois bem, me acompanhem nessa aventura e me digam se estou errada.

Minha mãe voltou de São Paulo no dia 22 de agosto. Na semana seguinte resolveu que traria a gata para cá. Começou então um "manda email pra cá manda email pra lá", até que alguém que mora na mesma cidade se prontificou a ajudar.

Óooooootimo, já temos então a carona!

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Mamãe então ligou para a companhia aérea a fim de saber exatamente como é feito todo o procedimento do embarque do animal e quais eram os requisitos necessários.

Resposta: é necessário a carteira de vacinação em dia (com a vacina de raiva datada de no mínimo 30 dias antes da viagem), um atestado de saúde emitido por veterinário, e reserva da passagem com no mínimo 48 horas de antecedência.

Problema 1: a gata é de rua, ela não tem carteira de vacinação. É como esperar que um catador de papelão tenha consigo a sua certidão de nascimento.

Solução 1 para o problema 1: vacinar a gata.

Obstáculo para a solução 1 do problema 1: o ciclo de vacinas é mais ou menos assim: antes de vacinar o animal, ele precisa ser desvermifugado. Após o remédio de vermes espera-se de 3 a 4 dias para dar a primeira dose da vacina. Após a primeira dose, espera-se 30 dias para dar a segunda dose, e após a segunda dose espera-se mais 30 dias para dar a terceira e última dose. Passados 30 dias da última vacina é que o animal pode então receber a vacina de raiva. Após 30 dias da data da vacinação é que ela pode finalmente viajar de avião.

Resumindo: a gata estaria apta a viajar de avião daqui a 5 meses. Entre uma vacina e outra, onde ficaria a gata? Uma vez capturada e vacinada, ela com certeza fugiria e nunca mais voltaria devido ao trauma, então devolvê-la ao sítio esperando que ela apareça lá para tomar a próxima dose ficou fora de questão.

Deixar um animal, que está acostumado com a liberdade, trancafiado numa gaiola por 5 meses é desumano, fora o custo altíssimo de diárias que se somariam. Então, deixá-la internada numa clínica ficou fora de questão também.

Casa de passagem ninguém quer, ninguém pode. Ficou fora de questão também.

Solução 2 para o problema 1: falsificar uma carteira de vacinação, datá-la de 5 meses atrás, doar as vacinas para animais necessitados e somente colar os selinhos das vacinas na carteirinha falsa. Quando a gata chegasse em Porto Alegre ela seria devidamente vacinada, castrada, tratada, etc.

Obstáculo 2 para a solução 2 do problema 1: a veterinária não topou.

Tudo bem, não queremos de maneira alguma prejudicar um profissional, queremos apenas agilizar a viagem da gatinha.

Daí mamãe pensou com seus botões..."Peraí, se eles precisam de uma carteira de vacinação, EU TENHO uma carteira de vacinação EM DIA! A da própria Branquinha!"

Sim, a minha carteirinha de vacinação seria enviada pelo correio para a protetora, e esta levaria a gata (que por coincidência é branca) na veterinária com a carteira de vacinação somente para pegar o laudo.

Próximo obstáculo: a veterinária não topou. Disse que somente daria o laudo se ela mesma vacinasse o animal.

Mas peraí... então se EU tivesse que viajar hoje, com minha carteira de vacinação em dia, eu teria que ser NOVAMENTE vacinada? Overdose de vacina??? Opa opa opa..isso está me cheirando a má vontade!

Mamãe liga para a nossa veterinária para esclarecimentos. Informa a doutora: "Se você traz a gata X com a carteira de vacina da gata Y não temos como saber se aquela gata é ou não é a gata da carteira de vacinas. Afinal somos todos "SRD"."

Então pensamos em outra solução: pegue a gata, pegue a minha carteira de vacinação e leve à OUTRO veterinário que não saiba da história e deu! A gata branca chamada Branquinha com carteira de vacinação em dia está apta a viajar. Óooootimo!

Próximo obstáculo: a cidade é pequena, a protetora é conhecida por lá, tem uma ong, um vet fala pra outro, e lá se vai a credibilidade da protetora. Fora de questão.

Entre um email e outro, entre uma solução e outra, entre um obstáculo e outro, o tempo ia passando.

Daí mamãe pensou: vou eu mesma pegar um avião, pego a gata, vou para São Paulo, e antes de embarcar passo numa veterinária qualquer e pego o laudo. É arriscado, mas pode dar certo.

Enquanto isso no sítio, a gata some do mapa. Descobre-se na outra semana que tem uma cadela chamada Princesa, sem dono, que resolveu se adonar da casa onde a gata fica. Então enquanto a Princesa está lá a gata não pode ir. Detalhe: a cadela é conhecida como "matadora de gato"...

Quando enfim, algumas semanas depois a cadela foi dar uma volta em outras bandas e a gata enfim pôde voltar ao sítio...

Próximo obstáculo: a grana encurtou. Então mamãe teria que esperar entrar um dinheiro extra para as passagens de ida e volta dela + gata + despesas para que isso fosse possível.

Nesse meio tempo, mamãe recebe um email de outra protetora que mora em Santos. Muito solícita, se ofereceu para levar a gata até SP sem cobrar nada, somente o estacionamento do aeroporto. Maravilha, ótima notícia para quem está com a grana curta!

Situação explicada, essa protetora tem uma veterinária que pode dar o atestado. Óoooooooootimo!

Obstáculo seguinte: a veterinária teve bebê recentemente e está de licença maternidade, mas voltará "em breve".

Enquanto isso no sítio...a gata dá cria! AAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!

Ela já estava grávida quando mamãe foi lá, mas de tão magrinha ninguém sabia!

Onde ela escondeu os filhotinhos?
Só ela e Deus sabem...

Num sítio onde para qualquer lugar que se olhe é mata fechada a perder de vista...só ela e Deus mesmo.

Mais uma semana se passa, e agora a gata vem visitar meus avós no sítio com um machucado no pescoço!

Email vem email vai, tomamos a incerta conclusão de que provavelmente o ferimento foi provocado pelo próprio gato macho quando cruza com a gata, que agarra-a pelo pescoço para imobilizá-la. Em outras palavras, a gata deve estar no cio novamente. Ou ela pode ter sido atacada por outro animal, vai saber.

E agora que não sabemos onde estão os gatinhos, como vamos simplesmente pegar a mãe e abandonar os gatinhos assim? Fora de questão.

Então meus amigos, resumindo: há 2 meses atrás minha mãe queria botar a gata num avião e cuidar dela quando ela chegasse aqui.

Dois meses se passaram, 5599300343 emails foram enviados e recebidos, e a gata agora está no meio do nada com o pescoço sangrando e sabe-se lá com quantos filhotes para amamentar.

Tudo isso porque é necessário que um animal de rua tenha uma carteira de vacinação em dia para ser colocado numa caixa de transporte no compartimento de cargas do avião por uma hora e 40 minutos, onde ficará isolado de qualquer contato humano durante todo o período.

Sabe o que eu acho? Que se eu quisesse transportar cocaína de um Estado para outro seria mais fácil.

Que centenas de pessoas com todo tipo de doença viajam de avião diariamente, onde respiram o mesmo ar isolado por algumas horas e nem por isso têm que apresentar nenhum tipo de atestado de saúde.

Que algumas regras simplesmente não têm fundamento algum e só servem para que outras pessoas fiquem incapacitadas de ajudar a quem precisa.

Um ser humano pode pegar uma menininha de 12 anos de idade do Norte do país, viajar com ela até o Sul sem que ninguém os impeça. Ah, e olha só, esse ser humano acabou de vender a menina para outro ser humano que a usará como escrava sexual. Mas eles podem viajar de avião. Esse tipo de gente sempre arranja alguém que falsifique documentos para eles.

Agora um gato abandonado que enfim encontra uma pessoa disposta a ajudá-lo e a dar-lhe a qualidade de vida que ele merece...ah não...isso não pode!

Então estamos aqui, de mãos atadas. E a gata lá, perdida, apavorada, machucada, e ainda por cima com cria no meio do mato.

Teria sido tão simples tê-la trazido pra cá 2 meses atrás, quando ela ainda não tinha dado cria no meio do nada, antes de ter sido atacada.

Mas não, e tudo por causa de um raio de um atestado inútil que diz que um animal é sadio para viajar e não vai contaminar ninguém. E mesmo que o bicho tivesse se babando de raiva, a caixa de transporte evita que qualquer ser humano tenha contato com o animal. Ah sim, eu já disse que o animal viaja no compartimento de carga, onde nenhum ser humano viaja junto certo? Então ele tem realmente muita coisa para contaminar!

Vocês, malditos seres humanos.

Nunca se esqueçam de que se estamos aqui hoje, a culpa é de vocês!


Deixo a minha frustração, raiva e indignação para todos vocês, seres humanos "pensantes" que se acham os donos do universo, cheios de regras estúpidas e que mesmo assim não conseguem conviver pacificamente uns com os outros.

Fuuu!

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Preciso de carona.

Tenho uma coisa pra contar.

Mamãe e papai foram para São Paulo no último dia 20 para comemorar os 70 anos do meu vô. Era uma sexta feira, voltaram domingo de noite. Foi pá-pum.

Meus avós compraram um terreno ano passado, e devagarinho construiram uma casinha lá.

Até aí tudo bem.

Problema é que, sendo o sítio no meio do nada, me vem uma gata branca se adonar do pedaço. Alguns dizem que é do caseiro do terreno do outro lado.

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Olhando mais de perto, a gata tem problema de câncer nas orelhas e no nariz. Gato branco não pode tomar sol. E essa aí toma de monte, visto que é sítio, né?!



Daí, leite vem, churrasco vai, a gata ficou.


Meus avós vão pra lá só nos finais de semana, então a gata provavelmente fica zanzando por lá até eles aparecerem. Embora eles não morram de amores por animais que nem a louca da minha mãe, eles estão meio que cuidando dela. Dão leite, botaram uma toalha na cadeira da varanda pra ela dormir, essas coisas.

Mas lá também tem cachorro. Tem pato, galinha.
E a gata, que não é besta, se engraçou com meu pai.
Ficou sexta de noite e sábado o dia inteiro no colo dele. É porque eu não tava lá, senão já dava um pau nela. Esse colo tem dona, minha filha!


O pai queria levar a gata embora. Pra tratar das orelhas e do nariz, pra dar vacina, comida, tratamento adequado.
Só que, assim, sem mais nem menos não dá!

Tem que comprar caixa de transporte de tamanho adequado, marcar passagem de avião com antecedência para levar animais, levar um laudo veterinário de que o animal se encontra saudável para viajar, essas burocracias todas.

Daí, com o coração em pedaços, deixaram a gata lá.


No aeroporto se informaram sobre como proceder para despachar um animal sozinho no avião, viajando no compartimento de carga (odeio isso?).


Bom, resumindo. A gata já está com seu câncer com os dias contados.
Minha mãe só precisa de alguém que a ajude a trazer a gata pra Porto Alegre.

Vamos ser realistas.
A gata é de rua, vive na natureza. Vai enfiar a coitada dentro duma caixa de transporte, ela vai enlouquecer.
Do sítio em Peruíbe até o veterinário mais próximo seriam 40 minutos de carro. Toma vacina, pega o laudo. Da Praia Grande (que é onde está o veterinário) até o aeroporto de Congonhas, em SP capital, mais 50 minutos.


Daí que bote a gata pra ser despachada no avião, que decole, que chegue em Porto Alegre, já se passaram 5 horas. A gata vai derrubar o avião de tão nervosa que vai ficar.
Mas depois disso, terá uma vida melhor.

Será cuidada, alimentada, amada, protegida.

Se alguma mãe que more pelos arredores da Baixada Santista puder ajudar com essa carona, minha mãe pede que entre em contato para acertar os detalhes. Toda e qualquer despesa será paga pela minha mãe. Desde a gasolina e pedágio até veterinário e qualquer outra despesa.

Só precisa da carona mesmo!

Boto abaixo o email dela para contato e desde já agradeço!

Beijo de Nariz para todos vocês que têm a sorte de ter um dono!


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tratar os animais como seres humanos?

Eis a questão: tratar ou não tratar?

Alguns dizem que é errado tratar um animal como um ser humano.
Porque o animal não compreende.
Porque o animal deve ser tratado como um animal, e não como um bebê.
Porque o animal tem instintos diferentes do ser humano.

Outros dizem que não tem problema "humanificar" um animal.
Porque ele acaba sempre sendo parte da família.
Porque ele é capaz de amar e retribuir amor incondicional.
Porque ele sente, tanto quanto qualquer ser humano.

Fiquei indecisa.

Eu quero ser tratada como um ser humano?

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Seres humanos matam uns aos outros para roubarem um par de tênis.
Traem uns aos outros como se confiança não fosse importante para um relacionamento.
Machucam todos ao seu redor, sem o menor remorso.
Seres humanos são fúteis e falsos.

Não. Não quero ser tratada como um ser humano, obrigada.

Mas depois fiquei pensando...

Minha mãe me trata como um ser humano.
Não desses que existem por aí, mas como um ser humano no sentido...qual sentido mesmo? Um "sentido mais humano"?

Por exemplo:

Minha mãe me dá beijo de boa noite. Em todos nós. Todas as noites.
Minha mãe fala comigo como se eu fosse uma amiga fofoqueira. Me conta tudo. Me explica tudo como se eu fosse uma menininha de 6 anos.
"Filha, não pôe a pata aí que tá quente!"
"Filha, não sobe aí que é perigoso!"
"Olha, mamãe vai sair e já volta, viu?"
"O papá tá gostoso?"

Eu sou tratada como um bebê.
Eu tenho cama. Sou tapada com cobertor quando está frio. Ganho beijo. Sou abraçada.
Minha mãe respeita minhas opiniões como se eu fosse um ser humano.
Ela pode não concordar com algumas coisas, mas ela respeita.
Por exemplo, ela discorda que eu possa comer de tudo. Mas ela respeita que eu tenho vontade e curiosidade de experimentar o que ela come. Então ela me dá um pedacinho bem pequeno. "Só um pedacinho" diz ela.

Acabam sendo 3, 4 pedacinhos. Levo ela assim, na conversa mole.
Alias, no miado.

Eu sou tratada como parte da família.
Tenho data de aniversário.
Sou tão amada quanto qualquer outra pessoa da família.
Sou tão mimada quanto.

Por exemplo, minha mãe dorme torta porque nós 5 vamos para a cama quando ela se recolhe. Depois de 10 minutos ela quer se virar e não dá, porque tem um embaixo de um braço, um colado num lado da perna, um no meio da outra perna, um perto do pescoço e um na barriga. Daí ela vai se entortando pra mudar de posição sem mexer nenhum dos gatos. Um dia eu queria filmar uma noite de sono dela.
Ginástica pura! Quem tem gato sabe.

Minha mãe me escuta. Quando eu chamo ela vem, que nem um cachorrinho.
Minha mãe pode estar morrendo de vontade de ir ao banheiro, mas se eu tô no colo dela bem acomodada, ela segura até onde não dá mais. Como se fosse uma reunião importante sem hora pra acabar.

Minha mãe me apresenta para as visitas.
"Vem cá filha, vem ver a tia."
"Tia, essa é a Branquinha." fala ela com voz de criança de 10 anos.
As vezes ela pôe palavras na minha boca.
"Ai tia não me aperta!"
"Ô moça, cuidado que eu tô braba!"

Minha mãe sabe tudo que eu quero. Tudo que eu preciso e em que hora.
Sabe quando eu quero carinho, quando eu tô de manha, quando eu tô com fome.
Ela sabe quando eu tô com preguiça, quando eu tô dengosa, quando eu tô de mau humor.

Acho que eu sou um ser humano sem a parte ruim.
Acho que todo animal é.
Nós nos apegamos às pessoas.
Nós fazemos as pessoas felizes.
Um animal completa a vida de uma pessoa.

Nós sabemos quando as pessoas estão tensas, tristes, com medo.
Embora seja o animal que ganhe colo, é a pessoa que o segura que está sendo amparada por ele.

Então, se você me perguntar se eu quero ser tratada como um ser humano, talvez eu tenha sido tratada como um desde que nasci.
E amo.
Porque animal não é brinquedo.
Animal não é "coisa" que alguém "possui".
E se você quiser algo que te obedeça, compre um robô ao invés de um cachorro.
Assim quando você enjoar, tire a pilha e guarde o robô no armário, ao invés de botar seu cachorro rua afora.
Porque o seu cachorro é uma vida. Que até então dependia de você. Como uma criança.
E assim como você, ser humano, sente falta de um ente querido quando esse morre, nós animais também sentimos quando somos expulsos da sua vida. Especialmente sem um motivo válido.

Aliás, não existe um motivo válido o suficiente para se desfazer de um animal.
E assim como uma criança, o animal precisa de cuidados e supervisões.
Não atravesse a rua sozinho!
Não o deixe sem supervisão quando o forno está ligado! etc...





Agora eu vou apoiar: faça pelo seu animal o que você faria pelo seu próprio filho humano.

Afinal...qual a diferença mesmo?

Jogue a primeira pedra quem nunca entrou em casa e cumprimentou seu bichinho!

Beijos de Nariz!

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Enciclopédia do Amor.

Hoje venho aqui para falar de uma coisa muito importante!

A RAÇA!

Mamãe tinha comprado toda a ração que a gente precisava pro mês na semana passada. Daí dois dias depois o moço da ração manda um email com a seguinte promoção:

" Na compra de qualquer Royal Canin 7,5 Kg ganhe grátis uma Enciclopédia (do gato ou do cachorro)."

A enciclopédia do gato são dois volumes. Lá vai ela recolher as moedas do cofrinho e me comprar dois sacos de ração para ganhar os dois volumes, antes que acabe a promoção. (Sorte que eram só dois volumes, porque o do cachorro são cinco!)


Bom, enfim, mas o assunto não é esse.

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O assunto é que ela descobriu que nós somos todos de raça.
A princípio ficamos todos espantados. "Nós, de raça? De onde ela tirou isso?!"
"Onde tá escrito que eu sou de raça? Cadê? Quero ver também!"
E lá foi mamãe, folha por folha, provar que nós, vira-latas de carteirinha, temos SIM raça.

Dá uma olhada.
Vamos pegar, por exemplo, o Panda.
O Panda pode ser um gato da raça "Siberiano".

Ou um "Persa" que não bateu a cara na parede quando era nenê, por isso a falta do focinho achatado.
Ou até, quem sabe ele seja um "Gato das Florestas Norueguesas"!
Olha! Quase igual!
E se nenhuma das alternativas acima colou, ele pode ser ainda um simples gato da raça "Europeu".

Aí fomos ver a raça da barata-branca, a Lila.
Claro né, "Angorá Turco" de cara!

Sim sim, ela não tem olhos azuis, eu sei, mas dá uma olhada nas imperfeições permitidas: "olhos verdes só são autorizados nos gatos BRANCOS, (...)".

Ou então ela pode ser uma gata da raça "Turco do Lago de Van".
Igualzinha!!!
Aí fomos ver a raça da Fantasminha.
Ha! Bem que eu sabia! Essas patinhas brancas aí... deu "Sagrado da Birmânia"!
Claro que ela não tem esse pêlo todo porque ela está constantemente fazendo muda de pêlo, aí não dá tempo de juntar essa cabeleira toda.

Olha só as "luvinhas brancas", marca registrada dos "Sagrados da Birmânia".
Até porque a mana não parece nada com esse "Siamês" aí.
Viu? Ali diz que o siamês com pontos brancos é defeito. Defeito nada, ela é uma puríssima "Sagrado da Birmânia"!
A Lemingue também não tem cara de Siamês não!
Mas ela não é uma "Sagrado da Birmânia", porque ela não tem as luvinhas brancas.
Xi Penélope...sobrou hein? Vai ver você é vira-lata mesmo!

Ahhh...e eu.

Eu encontrei algumas raças que eu posso ser, olha só!
Noooossa, eu sou muito chique mesmo!
A falta da pelagem longa é a mesma coisa da Fantasminha, eita gente que não entende nada de gato viu!
Eu posso ser então uma autêntica "Japanese Bobtail". Só que esqueceram de cortar meu rabo. Detalhe, coisinha à toa.
Eu vi esse também, mas achei que era muito pequeno, e prefiro ser assim, alta e esbelta.
Olha só a pose da pirralha? Não consegue nem correr direito!
Bom, enfim. Então está provado. Somos todos sim, de raça, pedigree e tudo!

Até os famosos gatos pretos tem raça, vejam só!


Mas na verdade, a raça não está nos livros e enciclopédias.
O verdadeiro pedigree está no coração.

Porque somente um coração com um pedigree do mais alto escalão é capaz de amar qualquer animal, independente de raça ou cor.


Somente um coração puro é capaz de carregar no colo sem nojo um animal com sarna.
É capaz de deixar de comer para alimentar um animal faminto.
É capaz de desviar de seu passeio para resgatar um animal necessitado.
Somente um verdadeiro coração de um puríssimo amor é capaz de entender um olhar desesperado.
Um miado de pavor.
Um choro de frio.
Um latido de medo.

Esses corações não possuem certificado de autenticidade, não são registrados em nenhum clube famoso e nem têm árvore genealógica para provar sua procedência.
E mesmo assim, são os corações que mais embelezam o mundo. São os mais procurados. São os que a gente não pode comprar com dinheiro.

Um coração puro de pedigree é provavelmente o único que acolherá um animal SEM pedigree.
Porque lá no fundo, quando os olhos desse coração vêem o olhar de um vira-lata pedindo para ser seu amigo, esse coração sabe que ele será seu MELHOR amigo.

E nada mais importa.
Porque vocês mesmos, humanos superiores, são um bando de gente misturada de tudo que é cor de tudo que é lugar. Então se você mesmo é um guaipeca, como pode abandonar à própria sorte uma vida igual à sua?

Pois eu, que agora sou de raça, escolho esnobar gente vira-lata sem importância e ficar somente com os corações de pedigree puros.
São poucos em número. Mas é graças à esses corações que hoje estou aqui. Eu, e milhares de irmãozinhos meus que tiveram a mesma sorte.

Para identificar um coração de pedigree é muito fácil! Se você não tem raça definida mas tem uma família, você encontrou um coração puro!

Muitos purrss para vocês, e que todos os corações de pedigree consigam procriar e tomar conta do mundo!


Ah. As enciclopédias? Tão lá na prateleira, de enfeite. Outra coisa pra tirar pó de vez em quando.


Beijo de nariz!

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O que tem acontecido por aqui!

Oi gente!

Creeedo, tô quase um mês sem escrever! Que vergonhaaaa!
Mas olha, foi culpa da minha mãe que, por causa do atraso da reforma, acabou atrasando todo trabalho dela também.

Mas agora ficou tudo em ordem e eu vim correndo dar uma pulinho aqui pra dizer como andam as coisas nesse apartamento pequeno e super lotado.

Bom, a reforma, graças a Deus e aos pedreiros, acabou.
Pra você entender o que a minha mãe fez, vou ter que mostrar (desculpa mãe!) como era antes.

Anos luz antes de eu pensar em nascer, a sala deles era assim:

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(Olha a mana Kelly lá!!!)

(Sacada sem tela, ai que meeeeeeedo!)


Bom enfim.
Aí quando minha mãe começou a costurar pra valer, foi ficando assim:

(Essa ERA a sala de jantar.)



Aí depois que a mana Minnie virou estrelinha, minha mãe quis pegar a sacada pra ela, pra botar todas as tralhas dela lá e ter "de novo" uma sala de jantar. Ela diz que não é tralha, que é material de trabalho, mas pra mim é tudo tralha sim!


Bom, ela começou a grande reforma fechando a sacada toda com vidro.


Vidros colocados, ela depois tirou a porta que separava a sacada da sala.


Algumas semanas depois, depois de "tomar um fôlego" como ela disse, começou a quebradeira geral.

Foi aí que ela parou de trabalhar de vez. Todas as tralhas dela, inclusive as 3 máquinas de costura, foram uma pra cada quarto, metade pra cozinha, metade embaixo do varal, metade no meio do corredor, e onde mais coubesse.

Afinal, era "coisa de uma semana".




A "coisa de uma semana" durou 20 dias.

E quando FINALMENTE tudo acabou, o que era assim:

...ficou assim.


O que era assim:
...ficou assim.


O que era assim:
...ficou assim.


E o que era assim:

...ficou assim!


Sobrou até pro nosso sofá. Meses e meses de trabalho diário pra deixar o sofá uma obra prima...
..e a louca da minha mãe resolve forrar o coitado.

E ainda, numa tentativa desesperada, coloca um monte de treco, um mais feio que o outro, pra gente não alcançar o sofá.

O que, como vocês podem ver...não adiantou. Já estamos "desfiando" o sofá de novo. Ebaaaa!


E depois da minha mãe destruir a casa, deixar a gente trancado pelos quartos por 20 dias, e ficar mais pobre, tudo voltou ao normal!


Em troca de comida por uma semana, o rato branco topou posar de garota propaganda pra mamãe.


Te falei da cama nova de coração que a gente ganhou?

É... a Lemingue mijona carimbou a cama, assim, na cara dura. Pior que era pra nossa veterinária! A mãe lavou a cama e foi correndo fazer outra pra doutora.

Test-drive no sofá recém forrado.


Espelho espelho meu, existe no mundo gata mais feia do que elas? Bwahahaha!

O aparador virou "apara-gato".

E semana passada a Lemingue foi castrada, como todo mundo aqui.

Ficou lá a Lila cabeça-de-barata-branca, se perguntando "Serei eu a próxima vítima?".


Sim senhora, vai passando gilete nessa sua barriga que aqui ninguém escapa!

Bom, pra resumir o mês, minha mãe disse que "ainda não acabou". Explica ela que ainda tem algumas coisas provisórias, como por exemplo, o rack super genial que está embaixo da TV, feito de...caixa de papelão! Última moda, não sabia?


Ela disse que vai "tomar mais um fôlego" e depois continua.

Enquanto isso, vou EU tomando fôlego pra aguentar esse monte de gato que tem aqui, ninguém merece!

Beijo de nariz pra todos vocês, e que a mãe de vocês permita que vocês tenham um ótimo fim de semana, com direito a soneca de tarde e tudo mais( coisa que aqui nessa casa já é impossível!).

 
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