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Entenda a Minha História.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Minha Viagem!

Oi queridos leitores!

Com atrasos e saudades, estou aqui pra avisar que agora sou oficialmente paulista!
Vou contar tudinho como foi a experiência da minha viagem:

Tudo começou 4 meses antes, com passeios frequentes de carro, dentro das caixas de transporte, para que a gente fosse acostumando com o balanço do carro, os barulhos diversos e toda aquela agitação. A intenção era de que, quando chegasse o dia da viagem, a gente não estranhasse tanto assim (porque aqui em casa ninguém saía pra passear, só pra ir ao veterinário tomar vacina uma vez ao ano e voltar).

Bom, passado esse trauma de carro, era hora de cair na real. Ninguém ia passear por 30 minutos, mas sim ficar trancado numa caixa de transporte por 15 horassssssss!

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Com todas as dicas de veterinários especialistas em felinos, mamãe descartou qualquer hipótese de dar remédios ou calmates para nós, pois nosso organismo não está acostumado com isso, e alguns dos efeitos colaterais desses medicamentos é baixar a pressão, aumentar batimentos cardíacos ou até mesmo não acontecer nada, incluindo não ter efeito calmante nenhum. Então a viagem seria feita na pressão mesmo. Quem quisesse se espernear e miar a viagem inteira, que fosse!

Quatro dias antes da viagem mamãe começou a colocar diariamente 20 gotinhas de floral na nossa água. O nome do floral é Rescue Remedy. Segundo indicação, é para situações de emergência e pânico, entre outros. Como a princípio a Fantasminha ia ficar com o papai e não foi acostumada com os passeios de carro, ela era a preocupação maior entre todos nós.

Domingo durante todo o dia comemos somente patê Recovery e Latinhas AD, e muuuita água. A intenção era hidratar nosso organismo ao máximo, pois longas horas de jejum viriam pela frente.

De tarde minha mãe começou a carregar o carro da vó, um Honda CR-V. Posicionou as 5 caixas de transporte (vazias) de uma maneira segura e começou a empilhar as tralhas dela na parte de trás.

 Mamãe iria sentada onde está essa mala preta, que será posicionada em cima dos sacos de areia, e os pés dela vão dobrados por cima. Nossas caixas vão bem do lado dela, onde está aquele cobertor rosa. Minha vó dirigindo e meu primo no outro banco com a bagagem deles nos pés.

 Mamãe não só teve que levar as coisas importantes e imediatas dela como também o que a gente ia precisar quando chegasse lá, como caixas de areia com o nosso cheiro, comida, nossas cobertas, etc, para que a gente estranhasse o menos possível o novo ambiente.
Gloriosamente o carro fechou e coube tudo!

Naquela noite às 11:00hs da noite mamãe cortou a comida, quem comeu comeu, quem não comeu azar o seu.

Segunda às 7:00hs da manhã mamãe começou a preparar um dos quartos para que todos nós ficássemos presos lá, enquanto o pessoal da mudança recolhia todos os móveis e caixas. Por ansiedade, ela acordou às 4:30hs da manhã. Seria um longo dia em nossas vidas.




Dava pra sentir a tensão no ar. Mamãe tentava parecer calma, mas estava bem aflita com toda a movimentação. Mesmo assim nos passou muita segurança e nos deu toda atenção possível.

O pessoal da mudança chegou as 8:30hs da manhã. Previsão para carregar tudo: até 12:30hs. Isso significa que ficaríamos em terra firme sem comer por 12 horas + viagem.

Mamãe entrava no nosso quarto a cada 30 minutos pra ver como a gente tava.


Às 11:40hs o encarregado do caminhão da mudança mandou parar tudo porque o caminhão já estava lotado. Eles teriam que levar o caminhão de volta, descarregar, almoçar, e às 14:00hs eles voltariam para pegar o resto da mudança.

Mamãe imediatamente pensou " Nem pensar! Pra voltar às 14:00hs e terminar de carregar tudo, eu vou viajar que horas?????". Fechou os olhos, confiou em Deus, conversou com o moço e deixou tudo lá do jeito que tava, botou todo mundo nas caixas de transporte e deu tchau, rezando para que nada sumisse e que tudo fosse carregado direitinho, pois não teria ninguém lá para inspecionar ou assinar a lista de checagem.

Vovó fez check out do hotel, vieram pra casa da mãe que fica no quarteirão de trás, e assim nossa viagem de Porto Alegre capital para Praia Grande, litoral de São Paulo deu início às 12:30hs. Seriam 1.200 quilômetros pela frente!

 Duas caixas de transporte tamanho 3, e três caixas tamanho 2. Todas foram previamente forradas com aquelas fraldas descartáveis que botam no chão pro cachorro fazer xixi, assim quando a gente fizesse caquinha era só trocar a fralda e continuaríamos limpinhos.
Uma caixa no chão do carro, forrada com uma almofada para que o barulho da estrada não incomodasse quem estivesse ali. As outras empilhadas uma em cima da outra de maneira que não ficassem rangendo nem chacoalhasse a gente. Cobertor individual dentro de cada caixa, no caso da gente querer se esconder, daí a gente fica embaixo do cobertor e ninguém nos vê.

Mamãe pegou as mantas do sofá da sala e jogou por cima, assim a gente fica com menos medo porque fica tudo escurinho, mas a gente consegue respirar pelos buraquinhos do tecido. Dica da super veterinária!

Hidrafix e seringa à mão, para dar a cada 4 horas para hidratar. Potinhos de comida, vários saches de Whiskas nenê para ir dando durante a viagem, 1 litro de água pra gente ir tomando. Floral Rescue Remedy em caso de necessidade, seria dado diretamente na nossa boca caso alguém ficasse incontrolável. Fraldas aos montes, papel higiênico. Um brinquedinho em cada caixa, pra gente ir se divertindo.

 Era estrada que não acabava mais!

 Fantasminha foi a única que ficou miando. Ganhou colo quase a viagem toda. Foi a única que teve que trocar a fralda da caixa de transporte também, porque tinha feito xixi. De resto, nenhum de nós fez xixi ou cocô durante tooooda a viagem! Mamãe pegou todos nós no colo pra esticar as perninhas e dar uma olhadinha pela janela várias vezes, só o Mumú que estava com muito medo e não quis sair.

Mamãe, vovó e primo pararam 6 vezes durante toda a viagem para lanchar, abastecer a gasolina e fazer xixi. Mamãe aproveitava para ver se queríamos água ou sachê Whiskas, e para ver se precisava trocar alguma fralda de alguma caixa. Nenhum de nós saiu do carro em nenhum momento, e abrir janelas nem pensar, só uma frestinha!

Chegamos todos sãos e salvos às 1:30hs da manhã de terça feira, exatamente 13 horas depois.

 Depois de descarregar tudo do carro, nossas caixas foram levadas pro quarto onde mamãe ia ficar provisoriamente. Nosso banheiro foi arrumado e começamos a fazer fila pra esvaziar a barriga.

Todo mundo comeu mais Whiskas sachê e bebemos água, cheiramos tudo e fomos todos dormir.
Essa foi a última foto referente à viagem que mamãe teve disposição de bater, pois o cansaço era muito.

Todos nós agradecemos muito que deu tudo certo, e minha vó em particular foi um espetáculo! Embora ela não goste de bicho assim que nem minha mãe, foi muito atenciosa com todos nós e é uma excelente motorista! Graças à ela e à minha mãe, estamos todos aqui hoje dizendo aos quatro ventos:

QUEM AMA NÃO ABANDONA! Sempre existe uma maneira quando existe a vontade de fazer!
Três pessoas e oito gatos dentro de um carro por 1.200 km e 13 horas. É POSSÍVEL!

Deixo vocês com um beijo de Nariz e já prometo pra mais tarde vídeos de mim andando de coleira pelo quintal da casa e outras peripécias dos meus irmãos!

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